BRASIL – Revoltados com a demora no atendimento, pacientes depredam UPA do Recanto das Emas e agridem funcionários, causando tensão e ferimentos.

Na noite da última segunda-feira (22), uma situação de extrema violência e caos tomou conta da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas, região administrativa a 30 quilômetros do centro de Brasília. Pacientes que aguardavam por atendimento de saúde se revoltaram com a demora na prestação dos serviços e acabaram depredando as instalações e agredindo funcionários do local.

Vídeos divulgados nas redes sociais mostram cenas de agressões físicas contra os vigilantes da UPA, brigas, computadores sendo jogados, gritaria e invasão de ambientes. A confusão foi tamanha que a Polícia Militar do Distrito Federal teve que ser acionada, resultando inclusive em um vigilante ferido.

O Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do Distrito Federal (Iges-DF), responsável pela gestão da UPA, informou que no momento da depredação, três pediatras e cinco médicos clínicos estavam trabalhando no local. O Iges-DF lamentou a violência e ressaltou que atitudes como essa impedem o trabalho dos profissionais e criam um ambiente hostil tanto para os colaboradores quanto para os pacientes.

A instituição admitiu que a unidade tem trabalhado acima da capacidade devido ao fechamento da tenda de dengue no Recanto das Emas, absorvendo toda a demanda. No entanto, o atendimento foi interrompido na noite da ocorrência e só foi retomado parcialmente na manhã seguinte, com o setor de pediatria ainda apresentando restrição de atendimento apenas para casos gravíssimos.

A Secretaria de Saúde do Distrito Federal não explicou o motivo do fechamento da tenda de dengue na cidade, mas ressaltou a importância das tendas de acolhimento para ampliar o acesso aos serviços de saúde durante a epidemia da doença. Novas tendas foram instaladas em outras regiões administrativas da capital para reforçar o atendimento aos pacientes com dengue.

A clínica médica da UPA do Recanto das Emas voltou a operar na manhã seguinte, mas a situação ainda é delicada. O Iges-DF se comprometeu a colaborar nas investigações dos casos de agressão e reforçou a presença de equipes de segurança em todas as unidades para evitar novos episódios de violência. Agora, a expectativa é que o atendimento aos pacientes volte à normalidade o mais breve possível, garantindo a segurança e o bem-estar de todos os envolvidos.

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