BRASIL – Ministro Fachin obriga Ministério Público a investigar mortes em operações policiais para controle da atividade policial e respeito aos direitos fundamentais.

Na tarde de quarta-feira (24), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, proferiu um voto de grande importância durante o julgamento de oito ações de inconstitucionalidade. O voto de Fachin estabelece a obrigatoriedade do Ministério Público em investigar mortes ocorridas em operações policiais, sempre que existir suspeita de envolvimento de agentes de segurança pública em mortes ou ferimentos graves causados pelo uso de armas de fogo.

Ao confirmar o poder investigatório do MP, Fachin ressaltou a importância do órgão em exercer o controle da atividade policial. Segundo o ministro, essa medida visa garantir o respeito aos direitos fundamentais e contribuir para a legitimidade da atividade policial. Além disso, o voto de Fachin também assegura o direito do MP de solicitar perícias em casos criminais.

Outra determinação do voto de Fachin é a exigência de que os governos estaduais, municipais e distrital criem leis para garantir a independência dos órgãos de perícia, evitando assim interferências da polícia no trabalho dos peritos. Essas medidas têm como objetivo promover uma maior transparência e eficiência nas investigações criminais.

É importante destacar que a decisão de Fachin está relacionada à sua atuação como relator das ações que restringiram operações policiais no Rio de Janeiro, visando conter o elevado número de mortes de moradores de comunidades. Entre as medidas adotadas, está a limitação do uso de helicópteros, a preservação de vestígios de crimes e a proibição do uso de escolas e unidades de saúde como bases operacionais das polícias militar e civil.

Após o voto do ministro, a sessão foi suspensa e o julgamento será retomado no dia seguinte. A decisão de Fachin recebeu referendo dos demais ministros do STF, demonstrando a importância e a unanimidade em torno das medidas adotadas para garantir a segurança e os direitos dos cidadãos.

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