A Instituição Ouro Preto Dando as Mãos, uma ONG local, sediou as aulas, que foram ministradas pela Mestra Vânia de Oliveira, considerada Patrimônio Vivo de Alagoas. A mestra destacou a importância da parceria com a Secult, ressaltando que o projeto vai muito além do simples manuseamento de objetos. Para ela, as aulas representam um ambiente de troca, aprendizado e apoio mútuo, onde os moradores podem se expressar e desenvolver suas técnicas artísticas.
Os alunos também elogiaram a iniciativa, afirmando que as aulas os motivam a aplicar em casa o que foi ensinado e a buscar aprimorar suas habilidades. Maria Salete, uma das alunas do projeto, aos 62 anos de idade e residente do bairro há mais de quatro décadas, viu na oficina uma oportunidade de expandir sua produção artística e até mesmo investir na revenda de suas peças em outros bairros.
Para a secretária de Estado da Cultura e Economia Criativa, Mellina Freitas, levar atividades culturais para as grotas e comunidades mais carentes é fundamental para promover inclusão social e desenvolvimento humano. A arte, segundo a gestora, tem o poder de transformar realidades e oferecer oportunidades de expressão e aprendizado para todos os indivíduos, contribuindo para a construção de uma sociedade mais plural e democrática.
Dessa forma, o projeto Cultura nas Grotas tem se mostrado uma iniciativa importante para promover a expressão cultural e a autonomia dos moradores das comunidades, incentivando o desenvolvimento de talentos e habilidades artísticas nas localidades mais carentes.