BRASIL – Operação Naufrágio do Gaeco resulta na prisão de milicianos envolvidos em extorsão na comunidade Bateau Mouche em Jacarepaguá.

O Grupo de Atuação Especializada no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público do Rio de Janeiro, desencadeou uma operação nesta quinta-feira (25) contra milicianos ligados a um grupo atuante na comunidade Bateau Mouche, localizada no bairro da Praça Seca, em Jacarepaguá. A operação, batizada de Naufrágio, resultou na prisão de cinco pessoas, incluindo um policial civil e dois policiais militares.

Entre os presos está o sargento PM Djarde de Oliveira da Conceição, conhecido como Negão 18, que teve em sua posse maconha, carregadores de armas e munição para fuzil automático. Outro policial militar envolvido, Reinaldo de Souza, não foi encontrado durante a ação. A Secretaria de Estado de Polícia Militar informou que a Corregedoria Geral da corporação apoiou as ações do Ministério Público e destacou que um dos policiais militares foi preso em flagrante, enquanto o segundo teve celulares apreendidos.

A denúncia do MPRJ revelou a estreita relação entre os milicianos e agentes de segurança pública, os quais forneciam informações privilegiadas, materiais bélicos desviados e até mesmo uniformes aos criminosos. Mandados foram expedidos pela 1ª Vara Especializada em Organização Criminosa da Justiça do Rio, determinando o afastamento dos policiais das funções públicas, além do sequestro de bens e bloqueio de valores dos denunciados.

Além disso, um homem foi denunciado por se passar por policial civil e participar de operações em delegacias policiais, utilizando armas, uniforme e veículos oficiais da instituição. O indivíduo, identificado como Luiz Carlos da Cruz, está foragido e tem contatos com diversas unidades policiais, incluindo a Corregedoria da corporação.

A Polícia Civil informou que participou da operação e os flagrantes foram apresentados na Delegacia de Repressão aos Crimes contra a Propriedade Imaterial. O agente envolvido será afastado de suas funções e a Corregedoria-Geral de Polícia Civil instaurará um processo administrativo disciplinar para apurar sua conduta. Quanto ao falso policial civil, suas possíveis relações espúrias com policiais também serão objeto de investigação.

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