De acordo com Bianca Suruagy, responsável pelo Programa Estadual de Vigilância e Controle das Zoonoses, a bactéria leptospira se mistura à água acumulada e à lama durante a quadra chuvosa, tornando a contaminação mais fácil. Os principais sintomas da doença incluem febre alta, mal-estar, dores de cabeça intensas, dores no corpo, cansaço, entre outros. Nos casos mais graves, pode haver amarelamento da pele e dos olhos.
Para prevenir a leptospirose, a população deve evitar o contato com água e lama decorrente das chuvas, principalmente crianças que brincam em locais possivelmente contaminados. Além disso, pessoas que trabalham na limpeza de lama, entulho e esgoto devem utilizar botas e luvas de borracha para proteção. Em ambientes domiciliares, é essencial adotar medidas para evitar a presença de roedores, como armazenar alimentos em recipientes fechados e manter a limpeza adequada.
A Sesau recomenda também que os municípios notifiquem os casos suspeitos de leptospirose, garantindo um acompanhamento eficiente da doença. O diagnóstico da leptospirose é feito por meio de exames laboratoriais específicos, e é fundamental procurar atendimento médico ao identificar qualquer sintoma. Nos casos leves, o tratamento pode ser feito em Unidades Básicas de Saúde (UBS) ou nas Unidades de Pronto Atendimento (UPA), enquanto os casos graves exigem hospitalização imediata.
Em Alagoas, foram diagnosticados dois casos de leptospirose até o momento, este ano, um número menor em comparação com o mesmo período do ano anterior que teve 12 casos confirmados. No ano passado, foram registrados 56 casos e oito óbitos por leptospirose no estado. A Sesau enfatiza a importância da prevenção e do diagnóstico precoce para evitar complicações e diminuir a letalidade da doença.
