De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (Pnad Contínua), realizada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), as trabalhadoras domésticas enfrentam uma realidade de precariedade no mercado de trabalho. A pesquisa revela que 64,8% dessas profissionais não contribuem para a Seguridade Social e 54,2% recebem menos de um salário mínimo.
O Ipea ressalta a importância de políticas públicas que garantam condições de trabalho dignas, salários justos e proteção social para as trabalhadoras domésticas, visando combater as desigualdades estruturais presentes nesse setor. A pesquisa em andamento busca reconhecer a contribuição essencial das trabalhadoras domésticas e dos trabalhadores que atuam no cuidado remunerado, desempenhando atividades fundamentais no cotidiano das famílias brasileiras.
A coleta de dados é fundamental para identificar quem são essas trabalhadoras e trabalhadores, suas condições de emprego, direitos e desafios enfrentados. Ana Amélia Camarano, responsável pela pesquisa, destaca a importância de conhecer a realidade desses profissionais para que políticas efetivas possam ser desenvolvidas visando melhorar a qualidade de vida e de trabalho dessas pessoas.
O questionário, disponível até o dia 13 de junho, abrange diferentes aspectos do trabalho doméstico e de cuidados, e pode ser preenchido online em aproximadamente 10 minutos. As informações fornecidas serão mantidas em sigilo, de acordo com a Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), garantindo a privacidade dos participantes. A pesquisa representa uma oportunidade única de promover mudanças positivas na vida das trabalhadoras domésticas e reconhecer a importância desse segmento no cenário nacional.
