BRASIL – Inflação oficial de 2024 ultrapassa meta devido ao aumento nos preços das carnes e impactos do clima e câmbio

A inflação oficial de 2024 fechou o ano em 4,83%, superando o teto da meta estabelecida pelo governo, que era de 4,5%. Os principais motivos apontados para esse aumento foram o aumento no preço dos alimentos, especialmente das carnes, os impactos do clima e a desvalorização do real em relação ao dólar.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a maior pressão de alta de preços em 2024 veio do grupo de alimentos e bebidas, que registrou um aumento de 7,69%, impactando o IPCA em 1,63 pontos percentuais. Esse foi o maior aumento desde 2022, quando a alta foi de 11,64%. Em relação às carnes, os cortes ficaram 20,84% mais caros em 2024, representando um aumento significativo em comparação com os anos anteriores.

O analista do IBGE, André Almeida, destacou que questões climáticas, como ondas de calor e seca em diversas regiões do país, contribuíram para o aumento nos preços dos alimentos. Ele ressaltou que a forte estiagem e a redução na oferta de animais para abates impactaram diretamente no aumento dos preços das carnes.

Além dos alimentos, a gasolina também teve um aumento expressivo de 9,71%, com impacto significativo no IPCA. Outro fator que influenciou a inflação em 2024 foi a desvalorização do real em relação ao dólar, que subiu 27% em 12 meses. Isso fez com que os produtores optassem por destinar parte da produção para o exterior, restrigindo a oferta interna e aumentando os preços.

Ao longo do ano, o Brasil teve 11 meses com inflação positiva e um mês com deflação, que foi em agosto. O maior resultado mensal foi em fevereiro, impulsionado pelo reajuste de mensalidades escolares. Em meio a esses desafios, o país enfrentou um cenário econômico desafiador em 2024, com a inflação ficando acima da meta estabelecida e impactando o bolso dos brasileiros.

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