O governo do estado já recorreu da decisão liminar e agora aguarda a decisão da Justiça para definir a nova data de início das aulas. Enquanto isso, as 2.320 escolas da rede estadual suspenderam as aulas nesta segunda-feira, conforme determinação do Tribunal de Justiça. Contudo, o governo ressaltou que ainda há a possibilidade de a decisão ser revista e que informações atualizadas serão disponibilizadas sobre o início do ano letivo.
O Cpers justificou o pedido de adiamento das aulas citando o alerta da MetSul Meteorologia sobre o risco de calor extremo, com previsão de temperaturas excepcionalmente altas. A entidade argumentou que retomar as aulas em meio a um evento climático extremo representaria riscos à saúde e segurança dos estudantes e dos profissionais da educação.
O governo gaúcho, por sua vez, afirmou que as 2.320 escolas atendem a 700 mil alunos, sendo que 42% deles estão em situação de vulnerabilidade social. A secretária de Educação, Raquel Teixeira, destacou a diversidade de infraestrutura das escolas e das condições climáticas em cada região, defendendo que a decisão de adiar ou não o início das aulas deve ser feita pelas coordenadorias regionais, caso a caso.
Com a previsão de altas temperaturas para os próximos dias, o calor intenso coincide com o dia em que as aulas estavam programadas para recomeçar. A MetSul alerta que algumas regiões podem chegar a 43ºC e que a terça-feira (11) pode ser o pior dia de calor desse período extremo. A situação permanece incerta até que a Justiça decida a data definitiva de início do ano letivo no estado.