A superintendente de Emergências em Saúde Pública da Secretaria de Estado de Saúde, Sílvia Carvalho, destacou a importância dos cuidados a serem tomados nesses casos. É fundamental ficar atento a sintomas como febre alta, calafrios, dor no corpo e diarreia, e procurar de imediato uma unidade de saúde para que as doenças sejam identificadas e tratadas de forma adequada e não ocorram complicações.
A leptospirose, doença transmitida pela água da chuva ou pela lama contaminadas com a bactéria presente na urina e nas fezes de ratos, é um dos principais riscos durante os períodos de enchente. Os sintomas incluem febre alta, calafrios, dores musculares e icterícia. A orientação é evitar o contato com a água e, caso seja inevitável, utilizar botas e luvas, ou sacos plásticos amarrados para proteger os pés e as mãos.
A contaminação por água durante as enchentes também pode resultar em diarreias e hepatites. A recomendação é filtrar e ferver a água antes do consumo para eliminar bactérias, vírus e parasitas. Além disso, a hipoclorito de sódio pode ser utilizado na higienização da água, com a ingestão recomendada 30 minutos depois da colocação da solução.
O tétano é outra doença comum durante períodos de enchente, sendo transmitido por meio de lesões no contato com lixo e destroços. A prevenção é feita por meio da vacinação, que é gratuita e está disponível em toda a rede do Sistema Único de Saúde (SUS). A proliferação do mosquito da dengue também pode ser reforçada pelas chuvas fortes, por isso, a população deve ficar atenta aos sintomas da doença, como febre alta, manchas vermelhas, dor muscular, dor de cabeça, dor no fundo dos olhos e perda de apetite. Caso apresentem esses sintomas, devem procurar imediatamente uma unidade de saúde.