O acordo para esses reajustes foi fechado nesta quinta-feira (25) em uma negociação entre as entidades representativas dos servidores e o governo federal, por meio da Secretaria de Relações de Trabalho do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos. O governo também se comprometeu a implementar todas as mesas específicas de carreiras até julho, que ainda não foram abertas no âmbito da Mesa Nacional de Negociação Permanente.
De acordo com o Ministério, esse aumento no auxílio-alimentação resultará em um ganho de renda de mais de 4,5% para mais de 200 mil servidores ativos que recebem até R$ 9 mil mensais. Os servidores com as menores remunerações e que recebem os três benefícios (alimentação, saúde e creche) terão um acréscimo de até 23% em sua remuneração total.
O secretário de Relações do Trabalho do Ministério, José Lopez Feijóo, ressaltou que o governo já havia concedido um aumento salarial linear para todos os servidores públicos federais em 2023. Esse acordo, somado ao reajuste de 9% concedido no ano passado, inicia um processo de recuperação dos salários que estavam congelados por um longo período.
Apesar do reajuste nos benefícios ser positivo, a Confederação dos Trabalhadores no Serviço Público Federal (Condsef) continua reivindicando aumentos de 7% a 10% nos salários para este ano. A entidade representa 80% dos servidores do Executivo Federal, incluindo ativos, aposentados e pensionistas.
Sérgio Ronaldo da Silva, secretário-geral da Condsef, destacou que não há garantias de reajuste para 2024 no acordo firmado, mas enfatizou a importância de continuar lutando pela recuperação do poder de compra dos servidores públicos. A entidade não desistirá de suas reivindicações históricas, buscando restabelecer a justiça salarial para a categoria.