BRASIL – Mulheres na extrema pobreza no Brasil chegam a 6,1% da população em 2022, revela IBGE em dados inéditos para o Dia da Mulher

Mulheres vivendo em situação de extrema pobreza têm sido mais impactadas pela desigualdade social no Brasil. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2022, 6,1% da população feminina do país está vivendo com até R$ 200 por mês, enquanto esse percentual entre os homens é de 5,7%. Além disso, considerando as mulheres que vivem com menos de R$ 637 mensais, o índice chega a 32,3%, em comparação com 30,9% dos homens nessa mesma condição.

A desigualdade se torna ainda mais evidente quando levamos em consideração a questão racial. Mulheres negras estão mais propensas a viverem em situações de extrema pobreza e pobreza do que as brancas. Enquanto 8% das mulheres negras estão na extrema pobreza, esse índice é de apenas 3,6% entre as mulheres brancas. Isso evidencia a interseccionalidade da desigualdade de gênero e raça no país.

Além disso, as mulheres enfrentam disparidades no mercado de trabalho. Dados do IBGE mostram que o rendimento recebido por mulheres equivale a apenas 78,9% do que os homens recebem. A presença de crianças em casa também afeta a participação das mulheres no mercado de trabalho, tornando-as mais vulneráveis à informalidade.

Um exemplo dessa realidade é a história de Antônia do Perpétuo Socorro dos Santos, uma mulher batalhadora que enfrentou inúmeras dificuldades ao longo da vida para sustentar suas filhas. Como empregada doméstica e diarista, Antônia precisou conciliar o trabalho remunerado com os afazeres domésticos e o cuidado com as crianças. Sua história é um reflexo da dura realidade enfrentada por muitas mulheres brasileiras.

É fundamental que políticas públicas sejam adotadas para combater essas desigualdades e oferecer oportunidades igualitárias para todas as mulheres, especialmente aquelas em situação de extrema vulnerabilidade. A luta pela equidade de gênero e pela redução da pobreza deve ser contínua e envolver esforços de toda a sociedade. A história de Antônia é um exemplo de resiliência e determinação, mas também revela a urgência de transformações estruturais para garantir um futuro mais justo e igualitário para todas as mulheres no Brasil.

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