BRASIL – “Déficit habitacional no Brasil atinge 6 milhões de domicílios em 2022, revela estudo da Fundação João Pinheiro e Ministério das Cidades”

O Brasil enfrenta um déficit habitacional alarmante, atingindo a marca de 6 milhões de domicílios em 2022, o que equivale a 8,3% do total de habitações ocupadas no país. Este número representa um aumento de aproximadamente 4,2% em relação a 2019, quando o déficit era de 5.964.993 domicílios.

Os dados foram revelados pela Fundação João Pinheiro (FJP) em parceria com a Secretaria Nacional de Habitação do Ministério das Cidades, em uma divulgação realizada nesta quarta-feira (24). De acordo com a pesquisa, a maioria das famílias afetadas pelo déficit habitacional possui uma renda domiciliar de até dois salários mínimos, correspondendo a 74,5% do total. Esse cenário destaca a urgência de programas como o Minha Casa, Minha Vida, do governo federal.

Um dos principais componentes do déficit habitacional é o ônus excessivo com aluguel urbano, que afeta famílias com renda domiciliar de até três salários-mínimos e representa 52,2% do déficit total, envolvendo 3.242.780 domicílios. A diretora executiva da ONG Habitat para a Humanidade Brasil, Socorro Leite, ressaltou a importância de políticas públicas contínuas e aumento de investimento em infraestrutura habitacional para lidar com essa situação.

Mulheres representam 62,6% dos responsáveis pelos domicílios afetados pelo déficit habitacional, enquanto pessoas negras são maioria em todos os componentes, com exceção da região Sul do Brasil. O déficit habitacional varia por região, com 773.329 domicílios afetados no Norte, 1.761.032 no Nordeste, 499.685 no Centro-Oeste, 2.433.642 no Sudeste e 737.626 na região Sul.

Os dados foram obtidos a partir da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua do IBGE e do Cadastro Único para Programas Sociais (CadÚnico). Em regiões como Norte e Nordeste, as habitações precárias são a principal causa do déficit habitacional, enquanto no Sudeste, Sul e Centro-Oeste, o destaque é para o ônus excessivo com o aluguel urbano. Medidas urgentes são necessárias para enfrentar esse desafio e garantir moradia digna para todos os brasileiros.

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