BRASIL – Governo envia projeto de lei complementar para regulamentar tributos sobre o consumo após promulgação da reforma tributária.

O governo brasileiro deu um importante passo rumo à reforma tributária com a entrega do primeiro projeto de lei complementar que regulamenta os tributos sobre o consumo, quatro meses após a promulgação da reforma. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, foi o responsável por entregar a proposta ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, em uma cerimônia realizada na última quarta-feira (24).

O projeto apresentado prevê uma alíquota média do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) de 26,5%, com possibilidade de variação entre 25,7% e 27,3%. Atualmente, os bens e serviços no Brasil enfrentam uma carga tributária média de 34% de tributos federais, estaduais e municipais.

Com um total de 306 páginas e aproximadamente 500 artigos, o projeto de lei complementar necessita de uma maioria absoluta de 257 votos para ser aprovado. Durante seu pronunciamento na Câmara dos Deputados, Haddad destacou que recebeu o compromisso de Arthur Lira de colocar a proposta em votação no plenário da Casa até o recesso legislativo de julho.

O ministro ressaltou a importância do projeto, que visa substituir diversas leis tributárias por um sistema mais moderno e eficiente. A digitalização do sistema tributário brasileiro, segundo Haddad, contribuirá para coibir fraudes e ampliar a base de arrecadação, o que pode resultar em uma alíquota final menor do que a inicialmente estimada.

Além disso, a proposta também prevê benefícios como o fim da cumulatividade dos tributos e a não exportação de impostos, bem como a desoneração de investimentos no país e de produtos exportados. Após a entrega do projeto na Câmara, Haddad seguiu para entregar um exemplar impresso ao presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.

A expectativa é que a proposta seja aprovada ainda este ano, apesar dos desafios que o Senado pode enfrentar devido às eleições municipais de outubro. Haddad se mostrou confiante na aprovação do projeto e destacou a importância da reforma para o país, comparando-a a uma emenda tão esperada quanto a que foi promulgada no ano passado.

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