Os irmãos e o delegado Rivaldo Barbosa, ex-chefe da Polícia Civil do Rio de Janeiro, foram presos no último domingo (24) após um relatório final da investigação apontar que Domingos e Chiquinho contrataram o ex-policial militar Ronnie Lessa para assassinar Marielle Franco. Rivaldo Barbosa teria auxiliado no planejamento do crime e utilizado seu cargo para atrapalhar as investigações.
As transferências dos suspeitos ocorreram um dia após a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) adiar a votação sobre a legalidade da detenção de Chiquinho Brazão, que é deputado federal pelo Rio de Janeiro. O parlamentar, que está sem partido após ser expulso do União Brasil, tem a prerrogativa de ser inviolável de acordo com a Constituição Federal, e sua prisão precisa ser analisada e aprovada pela maioria dos deputados que compõem a Câmara dos Deputados.
Vale ressaltar que Rivaldo Barbosa permanece em Brasília e não foi transferido durante a operação realizada pela Polícia Federal. O assassinato da vereadora Marielle Franco e do motorista Anderson Gomes ocorreu no dia 14 de março de 2018, após um encontro no Instituto Casa das Pretas, no centro do Rio de Janeiro. Ronnie Lessa, acusado pelo Ministério Público Federal de ser o executor do crime, aguarda julgamento e está preso desde 2019 por outros crimes, como contrabando de armas de fogo.
A continuidade das investigações e o desenrolar desse caso tão emblemático continuam despertando o interesse da opinião pública e das autoridades. O desfecho dessa trama está longe de ser concluído e promete continuar gerando repercussões nos próximos capítulos desta história.